terça-feira, 8 de janeiro de 2013

LITURGIA DIÁRIA


SEMANA DA EPIFANIA 
(BRANCO, PREFÁCIO DA EPIFANIA OU DO NATAL – OFÍCIO DO DIA)


Antífona da entrada: Bendito o que vem em nome do Senhor: Deus é o Senhor, ele nos ilumina (Sl 117,26s).

Oração do dia

Ó Deus, cujo Filho unigênito se manifestou na realidade da nossa carne, concedei que, reconhecendo sua humanidade semelhante à nossa, sejamos interiormente transformados por ele. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (1 João 4,7-10)

Leitura da primeira carta de João. 
4 7 Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 
8 Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. 
9 Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele. 
10 Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados.
Palavra do Senhor.


Salmo responsorial 71/72
Os reis de toda a terra
hão de adorar-vos, ó Senhor!

Dai ao rei vossos poderes, Senhor Deus,
vossa justiça ao descendente da realeza!
 
Com justiça ele governe o vosso povo,
com eqüidade ele julgue os vossos pobres.
 

Das montanhas venha a paz a todo o povo,
e desça das colinas a justiça!
Este rei defenderá os que são pobres,
os filhos dos humildes salvará.

Nos seus dias, a justiça florirá
e grande paz, até que a lua perca o brilho!
De mar a mar estenderá o seu domínio,
e desde o rio até os confins de toda a terra!
Evangelho (Marcos 6,34-44)

Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.

Naquele tempo, 6 34 ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não têm pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas. 
35 A hora já estava bem avançada quando se achegaram a ele os seus discípulos e disseram: "Este lugar é deserto, e já é tarde. 
36 Despede-os, para irem aos sítios e aldeias vizinhas a comprar algum alimento". 
37 Mas ele respondeu-lhes: "Dai-lhes vós mesmos de comer". Replicaram-lhe: "Iremos comprar duzentos denários de pão para dar-lhes de comer?" 
38 Ele perguntou-lhes: "Quantos pães tendes? Ide ver". Depois de se terem informado, disseram: "Cinco, e dois peixes". 
39 Ordenou-lhes que mandassem todos sentar-se, em grupos, na relva verde. 
40 E assentaram-se em grupos de cem e de cinqüenta. 
41 Então tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e os deu a seus discípulos, para que lhos distribuíssem, e repartiu entre todos os dois peixes. 
42 Todos comeram e ficaram fartos. 
43 Recolheram do que sobrou doze cestos cheios de pedaços, e os restos dos peixes. 
44 Foram cinco mil os homens que haviam comido daqueles pães.
Palavra da Salvação.


Comentário ao Evangelho

DA CONCENTRAÇÃO À PARTILHA

A Galiléia tinha, desde há muito tempo, uma péssima tradição de desequilíbrios sociais. O episódio da vinha de Nabot, sucedido num passado longínquo, estava ainda bem vivo na mente do povo. Mudaram-se os tempos, porém, a ganância de concentrar os bens nas mãos de poucos permaneceu inalterada. 
O milagre da partilha dos pães foi na contramão desta mentalidade, visando incentivar a criação de uma sociedade diferente, na qual os bens deste mundo fossem partilhados entre todos. 


Fato notável é que a lição da partilha teve como ponto de partida a pobreza e não a abundância de bens. Poderia ter acontecido assim: uma pessoa rica, possuidora de muitos recursos, ter-se servido deles para alimentar a multidão faminta. Ou mesmo Jesus, recorrendo ao poder recebido do Pai, ter milagrosamente feito aparecer uma montanha de pães com os quais todos se pudessem saciar. 


Nada disto! Tratava-se, sim, de cada um repartir com o próximo o pouco que lhe cabia, a começar com aquele jovem que possuía “cinco pães e dois peixes”. Quem não acreditava na força do Reino, perguntou-se o que seria isto para “cinco mil pessoas?” Mas aqueles em cujos corações o Reino lançou raízes, tudo se passou de maneira diferente. 
A partilha começa no pouco, pois, quem tem muito (fruto da cobiça e da ganância) dificilmente se disporá a repartir e a mostrar-se misericordioso com o próximo. 

Oração

Pai, preserva-me da cobiça e da ganância que me impedem de ser generoso com meu semelhante. E abre meu coração para a partilha e a misericórdia.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).


Sobre as oferendas

Acolhei, ó Deus, nós vos pedimos, as oferendas do vosso povo, para que alcancemos nos celestes sacramentos o que professamos por nossa fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Pela grande caridade com que nos amou, Deus nos mandou o seu filho numa carne semelhante à do pecado (Ef 2,4; Rm 8,3).

Depois da comunhão

Ó Deus, que pela nossa participação neste sacramento entrais em comunhão conosco, fazei que sua graça frutifique em nós e possamos conformar nossa vida aos dons que recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.

FONTE: http://www.domtotal.com

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