sábado, 5 de janeiro de 2013

LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS


Dia 5 de janeiro


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 Ofício das Leituras
V. Vinde, ó Deus em meu auxílio. 
 R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.
Hino 
Eterno esplendor da beleza divina,
ó Cristo, vós sois luz e vida e perdão.
As nossas doenças trazeis o remédio,
abris uma porta para a salvação.

O coro dos anjos ressoa na terra
e um mundo novo seu canto anuncia:
a glória a Deus Pai nas alturas celestes,
e ao gênero humana a paz e alegria.

Embora pequeno, deitado em presépio,
em todo Universo, ó Cristo, reinais.
Ó fruto bendito da Virgem sem mancha,
que todos vos amem num reino de paz.

Nasceis para dar-nos o céu como Pátria,
vivendo na carne da humanidade.
Renovem-se as mentes e os corações,
se unam por laços de tal caridade.

Às vozes dos anjos as nossas unimos,
num coro exultante de glória e louvor,
cantando aleluias ao Pai e ao Filho,
cantando louvores e graças ao Amor.

Salmodia

Ant. 1 Fostes vós que nos salvastes, ó Senhor!
Para sempre louvaremos vosso nome.

Salmo 43(44)

Calamidades do povo
Em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou! (Rm 8,37).

I
2 Ó Deus, nossos ouvidos escutaram, *
e contaram para nós, os nossos pais,
– as obras que operastes em seus dias, *
em seus dias e nos tempos de outrora:

=3 Expulsastes as nações com vossa mão, †
e plantastes nossos pais em seu lugar; *
para aumentá-los, abatestes outros povos.
4 Não conquistaram essa terra pela espada, *
nem foi seu braço que lhes deu a salvação;

– foi, porém, a vossa mão e vosso braço *
e o esplendor de vossa face e o vosso amor.
5 Sois vós, o meu Senhor e o meu Rei, *
que destes as vitórias a Jacó;
6 com vossa ajuda é que vencemos o inimigo, *
por vosso nome é que pisamos o agressor.

7 Eu não pus a confiança no meu arco, *
a minha espada não me pôde libertar;
8 mas fostes vós que nos livrastes do inimigo, *
e cobristes de vergonha o opressor.
9 Em vós, ó Deus, nos gloriamos todo dia, *
celebrando o vosso nome sem cessar.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Fostes vós que nos salvastes, ó Senhor!
Para sempre louvaremos vosso nome.

Ant. 2 Perdoai, ó Senhor, o vosso povo,
não entregueis à vergonha a vossa herança!

II
10 Porém, agora nos deixastes e humilhastes, *
já não saís com nossas tropas para a guerra!
11 Vós nos fizestes recuar ante o inimigo, *
os adversários nos pilharam à vontade.

12 Como ovelhas nos levastes para o corte, *
e no meio das nações nos dispersastes.
13 Vendestes vosso povo a preço baixo, *
e não lucrastes muita coisa com a venda!

14 De nós fizestes o escárnio dos vizinhos, *
zombaria e gozação dos que nos cercam;
15 para os pagãos somos motivo de anedotas, *
zombam de nós a sacudir sua cabeça.

16 À minha frente trago sempre esta desonra, *
e a vergonha se espalha no meu rosto,
17 ante os gritos de insultos e blasfêmias *
do inimigo sequioso de vingança.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Perdoai, ó Senhor, o vosso povo,
não entregueis à vergonha a vossa herança!

Ant. 3 Levantai-vos, ó Senhor, e socorrei-nos,
libertai-nos pela vossa compaixão!

II
18 E tudo isso, sem vos termos esquecido *
e sem termos violado a Aliança;
19 sem que o nosso coração voltasse atrás, *
nem se afastassem nossos pés de vossa estrada!
20 Mas à cova dos chacais nos entregastes *
e com trevas pavorosas nos cobristes!

21 Se tivéssemos esquecido o nosso Deus *
e estendido nossas mãos a um Deus estranho,
22 Deus não teria, por acaso, percebido, *
ele que vê o interior dos corações?
23 Por vossa causa nos massacram cada dia *
e nos levam como ovelha ao matadouro!

24 Levantai-vos, ó Senhor, por que dormis? *
Despertai! Não nos deixeis eternamente!
25 Por que nos escondeis a vossa face *
e esqueceis nossa opressão, nossa miséria?

26 Pois arrasada até o pó está noss’alma *
e ao chão está colado o nosso ventre.
– Levantai-vos, vinde logo em nosso auxílio, *
libertai-nos pela vossa compaixão!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Levantai-vos, ó Senhor, e socorrei-nos,
libertai-nos pela vossa compaixão!

V. A quem nós iremos, Senhor Jesus Cristo?
R. Só tu tens palavras de vida eterna.

 Primeira leitura
Da Carta de São Paulo aos Colossenses 4,2-18
Exortação à vigilância. Conclusão da carta 

Irmãos: 2 Permanecei firmes na oração, vigilantes nela e em ação de graças. 3 rezai
também por nós, para que Deus abra uma porta à palavra e para que nós possamos
pregar o mistério de Cristo, pois em razão disso fui lançado na prisão. 4 Rezai para que
novamente eu o possa manifestar como é meu dever. 5 Sede circunspectos no trato
como os de fora, tirai proveito da ocasião. 6  Que as vossas palavras sejam sempre
amáveis, mas temperadas com sal, pois deveis saber como responder a cada um da
maneira certa.

7 Tíquico, o irmão dileto, vos informará da minha situação; ele é meu fiel auxiliar e,
como eu, serve ao Senhor. 8 Envio-o de propósito a vós para vos transmitir notícias
nossas e para vos dar ânimo. 9 Onésimo, irmão fiel e caríssimo, o acompanha; ele é
vosso conterrâneo. Eles vos porão a par de tudo o que se passa aqui.

10 Saúda-vos Aristarco, que está comigo na prisão, e Marcos, primo de Barnabé, sobre
quem já recebeste instruções; se ele for ter convosco, acolhei-o bem. 11 Jesus,
chamado Justo, vos saúda também. Dos que tinham sido judeus, são estes os únicos
que trabalham comigo pelo reino de Deus; eles têm sido uma consolação para mim.
12Saúda-vos Epafras, conterrâneo vosso; este servo de Cristo Jesus não cessa de
empenhar-se por vós nas suas orações, para que vos torneis perfeitos e totalmente
imbuídos da vontade de Deus. 13 Posso testemunhar que ele se empenha muito por vós,
como também pelos de Laodicéia e de Hierápolis.

14 Saúdam-vos Lucas, o médico, nosso caro amigo, e Demas. 15 Saudai os irmãos de
Laodicéia, como também Ninfa e a comunidade de fiéis que se reúne em sua casa.
16Quando esta carta tiver sido lida na vossa presença, fazei que a leiam também entre
vós a carta dirigida a Laodicéia. 17 Dizei a Arquipo: "Vê se te desempenhas bem do
ministério que recebeste como encargo do Senhor".

18 A saudação, eu, Paulo, a escrevo com a minha própria mão. Lembrai-vos de que estou
algemado. A graça esteja com todos vós.


Responsório Cl 4,3; cf. Sl 50(51),17

R. Oremos, meus irmãos, uns pelos outros,
que Deus nos abra a porta à palavra,
* Para o mistério de Cristo anuciarmos.
V. Que o Senhor nos abra os lábios para cantar,
e a nossa boca anunciará o seu louvor. * Para o mistério.

Segunda leitura
Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo

(Sermo 194, 3-4: PL 38, 1016-1017)        (Séc.V)

Seremos saciados com a visão do verbo 

Quem poderia conhecer todos os tesouros da sabedoria e ciência ocultos em Cristo e escondidos na pobreza de sua carne? Ele, sendo rico, se fez pobre por nossa causa, a fim de enriquecermos com a sua pobreza(cf. 2Cor 8,9). Quando  assumiu a nossa condição e experimentou a morte, manifestou-se na pobreza; contudo, não perdeu suas riquezas, mas
prometeu-as para o futuro.

Como é grande a riqueza de sua bondade, reservada para os que o temem, e concedida aos que nele esperam!

Agora nosso conhecimento é imperfeito, até chegar o que é perfeito. Para sermos capazes de alcançá-lo é que o Cristo, igual ao Pai na condição divina, fez-se igual a nós na condição de servo e nos recriou à semelhança divina. O Filho único de Deus, tornando-se filho do homem torna filhos de Deus a muitos filhos dos homens;  e promovendo a nossa condição de servos com a sua forma visível de servo, tornou-nos livre e capazes de contemplar a sua forma divina.

Somos filhos de Deus, mas ainda não se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é (IJo 3,2). ora, quais são esses tesouros da sabedoria e de ciência, para que servem essas riquezas divinas senão para manifestar a nossa pobreza? Para que essa imensa bondade senão para nos saciar? Mostra-nos o Pai e isso nos basta (Jo 14,8).

E, em certo salmo, um de nós, expressando nossos sentimentos ou falando por nós, diz ao Senhor: serei saciado quando se manifestar a vossa gloria (cf. Sl 16,15 Vulg.). Ele e o Pai são um só; e quem o vê, vê também o Pai. Por conseguinte, o Rei da glória Senhor Deus do universo (Sl 23,10). Voltando-se para nós, ele nos mostrará o seu rosto; seremos salvos e saciados, e isso nos bastará.

Mas até que isso aconteça, até mostrar o que nos basta, até bebermos e ficarmos saciados na fonte da vida que é ele mesmo, enquanto caminhamos na fé e peregrinamos longe dele, enquanto temos fome e sede de justiça e desejamos, com indizível ardor, contemplar a beleza de Cristo na sua condição divina, celebremos com amorosa devoção o nascimento de Deus na condição de servo.

Se ainda não podemos contemplar aquele que foi gerado pelo Pai antes da aurora, celebremos o seu nascimento da Virgem no meio da noite. Se ainda não podemos compreender aquele cujo nome subsistirá enquanto o sol brilhar (cf. Sl 18,6), reconheçamos que armou sua tenda ao sol (cf. Sl 18,6).

Se ainda não vemos o Unigênito que permanece no Pai, recordemos o Esposo saindo do quarto nupcial (cf. Sl 18,6). Se ainda não estamos preparados para o banquete do nosso Pai, conheçamos o presépio de nosso Senhor Jesus Cristo.

Responsório IJo 1,2; 5,20

R. A vida revelou-se e nós vimos e anunciamos;
a vida eterna anunciamos,
* Que estava com o Pai e nós se revelou.
V. Sabemos, também, que o Filho de Deus já veio entre nós
e nos deu entendimento, para nós conhecermos
aquele que é verdadeiro;
no verdadeiro estamos, no seu filho Jesus.
É este o Deus verdadeiro, é esta a vida eterna.
Que estava.

Oração

Ó Deus, pelo nascimento do vosso Filho, iniciastes maravilhosamente a redenção do vosso povo. Concedei a vossos servos uma fé tão firme, que nos deixemos  conduzir por ele e cheguemos à glória prometida. Por nosso Senhor Jesus Cristo,  vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.
 Fonte: www.liturgiadashoras.org

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